Clima para amanhã em Maceió, AL

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Clima em Maceió

Maceió, a capital do estado de Alagoas, no nordeste dopossui um clima tropical úmido. As características climáticas da cidade são influenciadas pela sua localização próxima ao Oceano Atlântico. Aqui estão algumas características do clima em Maceió:

Temperatura: As temperaturas em Maceió são relativamente elevadas ao longo do ano, com médias mensais geralmente variando entre 24°C e 30°C. As estações do ano não são tão distintas, com pequenas variações nas temperaturas ao longo do ano.

Chuvas: A cidade experimenta um regime de chuvas caracterizado por uma estação chuvosa no outono e uma estação seca no inverno. O período chuvoso geralmente ocorre de abril a agosto, enquanto o período mais seco é de setembro a março.

Umidade: A umidade do ar é geralmente alta, especialmente durante a estação chuvosa. A proximidade com o oceano contribui para a umidade constante.

Ventos: Maceió pode experimentar ventos costeiros moderados, influenciados pela brisa do mar.

Índice Pluviométrico: A média anual de chuvas em Maceió é considerável, contribuindo para a vegetação exuberante e paisagens verdejantes na região.

É importante notar que as condições climáticas podem variar ano a ano, e essas são médias gerais. Maceió é conhecida por suas belas praias e clima agradável, tornando-a um destino turístico popular ao longo do ano.

A Geografia de Maceió

A cidade de Maceió possui características geográficas marcantes que incluem sua localização litorânea, relevo predominantemente plano e a presença de lagunas e lagoas. Aqui estão alguns aspectos importantes da geografia de Maceió:

  • Litoral: Maceió é uma cidade costeira, banhada pelo Oceano Atlântico. A linha costeira da cidade é conhecida por suas belas praias de areias claras e águas mornas.
  • Lagoas e Lagunas: Maceió é conhecida por suas lagunas e lagoas, que contribuem para a paisagem única da região. Entre elas, destaca-se a Lagoa Mundaú, que é uma grande laguna que se estende ao longo da costa sudoeste da cidade.
  • Relevo: O relevo em torno de Maceió é geralmente plano, caracterizado por áreas de terras baixas. Isso contribui para a formação de manguezais e áreas alagadiças, especialmente ao longo das margens das lagoas.
  • Manguezais: A presença de manguezais é notável na região, principalmente ao redor das áreas de mangue próximas às lagoas. Esses ecossistemas desempenham um papel crucial na preservação ambiental e são habitats importantes para diversas espécies de fauna e flora.
  • Rios: Além das lagoas, a região também é atravessada por alguns rios, como o Rio Mundaú e o Rio Mundauzinho.
  • Ilhas: Próximo à costa, há algumas ilhas que fazem parte do cenário local, como a Ilha de Santa Rita e a Ilha de Santa Lúcia.

A geografia de Maceió contribui para a beleza natural da cidade, tornando-a uma área atraente para os visitantes, especialmente aqueles que apreciam praias tropicais e ecossistemas costeiros. Essa combinação de litoral, lagoas e manguezais forma um ambiente único na região nordeste do Brasil.

A costa tem inúmeras praias de areia branca

A origem de Maceió está intimamente ligada com a produção de açúcar, um grande determinante no processo de assentamento. A forma que delineou o povoado foi o meio físico, possuindo a região um sistema orográfico caracterizado por baixas altitudes. O patamar da planície litorânea (a 8 metros do nível do mar, já sobre o tabuleiro, onde está o centro), foi primeiramente ocupada por um engenho e sua capela, que situado às margens do riacho Massayó, deu origem ao antigo Largo da Capela, atual Praça D. Pedro II.

Já ao nível mais baixo da planície litorânea, de uma ligeira curva da costa favoreceu o aparecimento de um ancoradouro, o porto natural de Jaraguá, que devido ao fácil atracamento de embarcações promoveu o desenvolvimento local e aos poucos foi se transformando em um movimentado pólo de intercâmbio comercial.

O povoamento intensificou-se nos arredores destas áreas, aparecendo também, de maneira mais pontual, nas proximidades da lagoa. Isto favorecia ao transporte e comercialização de produtos que vinham de outros locais, atravessavam o povoado, chegando então ao porto. Assim, neste movimento necessário às relações sociais e permutas de interesses mercantis nasce um traçado natural que, aos poucos, foi delineando e estruturando a paisagem do burgo onde, ao findar o regime colonial, a povoação de Maceió já era um grande centro comercial, servindo de empório a uma vasta zona agrícola”.

Devido ao desenvolvimento comercial atingido pela povoação de Maceió, no início do século XIX, mais precisamente em 5 de dezembro de 1815 (por alvará régio de D. João VI), suas terras foram desmembradas da antiga vila das Alagoas, levando assim o processo de colonização do interior para a região da praia. Ao separar-se, os ricos aristocratas locais incentivaram à construção de um pelourinho, uma cadeia e a casa da Câmara, passando o antigo Largo da Capela, que ainda possuía as características iniciais de núcleo fundamental da cidade, ser chamado de Largo do Pelourinho. Maceió, após essas benfeitorias, em 29 de dezembro de 1816 foi elevada à categoria de vila.

A província das Alagoas tornou-se independente da Capitania de Pernambuco a partir do Alvará Régio, de 16 de setembro de 1817, quando então ganhou um presidente para administrar os seus próprios interesses.

O desenvolvimento econômico alcançado pela Vila intensificou os anseios dos administradores em transferir a Capital da Província, que desde a emancipação tivera sede na Vila de Alagoas (atual cidade de Marechal Deodoro).

A Vila de Maceió, como os demais núcleos brasileiros que se firmaram devido a conquista de terras, não poderia ter fugido a regra quanto a importação da imagem lusitana, assim como afirma Costa numa descrição que retrata o ambiente, em 1818, que recebeu o então governador Sebastião Francisco de Melo e Póvoas:

Desde a chegada de Melo e Póvoas, a vila foi dotada de infra-estrutura preliminar, lançando-se as bases para uma possível transferência. Instalou em Maceió, em 03 de fevereiro de 1819, repartições complementares a estrutura fiscal como a Junta Real da Fazenda, Casa da Arrecadação e Inspeção do Açúcar e Algodão. Dotado de grande visão administrativa, resolveu instalar também sua residência na própria vila, resultando em ressentimentos por parte da população de Alagoas.

Sebastião Francisco de Melo e Póvoas governou a província até janeiro de 1822, retornando em seguida para Portugal.

Em 1828, quando o Império organizou os Municípios, Maceió já contava com 12 anos de pregorrativa de Vila, em plena expansão comercial. Este desenvolvimento do comércio gerou um circuito intenso de circulação de moeda, acarretando, em 1839, que o governador da Província, Dr. Agostinho da Silva Neves, autorizasse a transferência do Tesouro Geral de Alagoas para Maceió, a qual já era sede das demais exportações.

Com a concretização deste ato, devido às insatisfações da população de Alagoas, o governador foi deposto, retornando ao cargo de Presidente em 9 de dezembro de 1839, quando sancionou a Resolução nº. 11 que propôs a transferência da Capital para Maceió. Esta assumiu então o papel de cidade e capital, centralizando definitivamente a vida política e administrativa da Província.

O assentamento urbano alastrou-se nas áreas praieiras, no patamar do tabuleiro (atual centro da capital) e próximo à lagoa; a ocupação do nível superior da planície litorânea (no tabuleiro, com mais de 40 metros do nível do mar) iniciou com as reformas promovidas pelo Intendente José Bento no Largo do Pelourinho, por volta de 1850, quando a antiga igreja de São Gonçalo cedeu lugar ao templo dedicado à N. S. dos Prazeres (atual Catedral Metropolitana). Já no planalto, foram instalados a casa da pólvora e a semáfora, o velho farol que deu nome ao bairro alto.

O século XIX, mais precisamente com a República devido a inauguração das administrações municipais, caracterizou a cidade com novas perspectivas de desenvolvimento, onde a paisagem urbana modificou-se com a abertura de novas ruas e o alargamento de algumas já existentes; o espaço público passou a ser dominado pelos largos, quando inicialmente não receberam urbanização, acolhendo a sociedade apenas nos dias de missa e de festejos religiosos (nesta época eram considerados locais de mendigos, prostitutas e desocupados). Dentre os largos que surgiram e definiram a estrutura urbana da cidade estão: Largo da Matriz, o mais importante pois em suas proximidades instalaram-se os principais poderes da capital, como a sede do governo, o Senado Estadual, o Thesouro Estadual, a Câmara e a Igreja Matriz de N. S. dos Prazeres (antigos Largos da Capela e do Pelourinho – hoje Praça D. Pedro II); Largo da Contiguiba ou das Princesas (hoje Praça Deodoro); Largo da Cadeia; Largo dos Martírios (hoje Praça Mal. Floriano Peixoto).

O pensamento progressista instaurado com a República inspirou a sociedade, levando-a em busca da modernização e assim Maceió correu em busca de um novo tempo, de uma nova imagem para a cidade, onde nas primeiras décadas do século XX a renovação urbana continuou, delineando uma paisagem com ruas mais amplas, urbanização dos largos transformando-os em praças, que neste contexto atraíram as ricas senhoras da burguesia maceioence aos longos passeios públicos. O espaço urbano começou a ser vivenciado de uma forma diversa, apreendido como extensão do cotidiano da vida familiar, a rua ganhou uma estreita ligação com a casa, passou a ser palco da vida social.

Na década de 30 a cidade se expandiu com um traçado mais ortogonal, ocupando áreas de expansões nos bairros do Farol, Pajuçara, Mangabeira, Alto de Sta. Cruz e Planalto de Jacutinga.

O processo de expansão da cidade continuou nas décadas seguintes, como até nos dias atuais, permitindo que, Maceió, Capital das Alagoas, se transformasse, estruturando novos bairros, adquirindo novos usos e funções. Apesar das grandes lacunas no registro da historiografia urbana da cidade, o seu potencial construído enquanto estrutura que resguardou o poder de vida do homem continuou firme, conseguindo ser absorvido na atual imagem, onde são bastante claras as referências de tempos passados.

A área central, analisada através das transformações da cidade, abrigou na dinâmica da expansão o traçado ainda levantado por Melo e Póvoas no século XIX. Alguns trechos interceptaram novas ruas ou foram até alargadas, porém continuam nos dias atuais demarcando os espaços de circulação, que através dos anos comportaram: as carroças e carros de boi; o bonde; o trem; o automóvel ou apenas o transeunte como calçadões de hoje em dia.

A própria leitura da imagem arquitetônica traduz esta hierarquia quando se aprende a forma dos lotes nos arruamentos, a característica tipológica das edificações, os desenhos no espaço urbano. O centro antigo absorveu através dos tempos funções e usos determinados pelo conjunto de poderes e retrata em sua paisagem dinamizando a vida dos monumentais edifícios que pulsam no coração da cidade.


Referências: